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Ali em frente... – Mário, põe a máscara!
– Tens razão, minha Loucura, tens razão.
O rei de Tule jogou a taça ao mar...
   
DESATINOS ANTROPOLÓGICOS pretende explorar e desenvolver a aisthésis humana contemporânea pelo exercício de uma poiésis antropológica cultivada no interior de formas modestas de escrita. O ridículo, o risível, o insignificante e o irrisório tornam-se interessantes. Algo surge do embate caótico entre idéias que gargalham na vida cotidiana. A ironia, a zomba, o escárnio, a troça. O pueril se traveste de insignificância? O esforço írrito dos grandes feitos se ressente da irrisão? Existem fronteiras nos jardins da razão, ou em seus limites lampejam limiares, encruzilhadas, passagens e recomeços de outros tantos trajetos? A poiésis antropológica como método de reflexão a partir de fragmentos irrisórios do cotidiano se anuncia como uma possibilidade. Algo surge…

 Kurt Schwitters, Construção para nobres damas, 1919DESATINOS ANTROPOLÓGICOS quer experimentar formas alternativas de enunciar experiências humanas que vão sendo tecidas desde o exercício etnográfico, mas que todavia acabam por escapar aos tradicionais e bem comportados gêneros da escrita antropológica. Como uma oficina de escrita, tendo nas possibilidades viso-verbo-sonoras oferecidas pela tecnologia de blogs a sua principal ferramenta, a atenção aqui volta-se ao resto, ao residual, a todo fragmento irrisório que escapa aos esforços de racionalização e sistematização, vozes emudecidas na liminaridade do trabalho antropológico, mas que permanecem registradas seja na memória do antropólogo, em suas notas de campo ou por um sem número de meios técnicos de captação e reprodução acústico-visual atualmente disponíveis. O que se oferece aqui é uma possibilidade para sua expressão.

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